sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Texto para a Verificação Geral - 8 e 9 Anos

Atividade física e qualidade de vida

“Qualidade de vida” é um termo largamente utilizado e com inúmeras definições. Em seu conceito mais amplo, significa um bem-estar completo, considerando o indivíduo em sua totalidade: aspectos físicos, emocionais e sociais. Muitos autores entendem que ela é fruto das experiências de vida e dos contextos ambiental e social, reunindo aspectos objetivos (bens materiais e serviços) e subjetivos, como bem-estar, satisfação pessoal e felicidade.
Bem-estar e qualidade de vida, entre outros aspectos, se relacionam com a manutenção da autonomia e manutenção da saúde. As questões relativas à saúde nas últimas décadas fizeram emergir novas estratégias de saúde pública e movimentos de promoção de saúde. Esse conceito, segundo Paulo Farinatti (2002), consiste em um conjunto de estratégias que buscam a capacitação dos indivíduos e coletividades, por meio da melhoria das condições socioambientais e do incremento do nível de informação, visando a facilitar a adoção de modos de vida saudáveis.
A promoção da saúde é considerada um processo que permite às pessoas o controle e gerência de seus problemas e prioridades de saúde. A saúde não é vista como objetivo de vida, mas como uma fonte de recursos para que se viva em plenitude. Ela integra os potenciais sociais, emocionais e as capacidades físicas. (Farinatti, 2008)
Adotar e manter um estilo de vida saudável compreende, entre outros aspectos, a inclusão da atividade física na rotina diária. Estudos e pesquisas comprovam os benefícios de uma vida ativa para a melhoria das funções mentais, sociais e físicas das pessoas, em qualquer idade.
A educação para o movimento, a descoberta da atividade adequada e prazerosa e a orientação para a prática da atividade física são alguns dos aspectos presentes nos programas de desenvolvimento físico-esportivo do SESC, que , ao planejar as ações na área corporal, tem como premissas:
• Predomínio do lúdico em oposição aos índices de resultados;
• Mobilização do desejo, do imaginário, dos procedimentos cognitivos e da emotividade dos participantes;
• Equilíbrio entre as aspirações individuais e as necessidades de sociabilização;
• Possibilidade de autoconhecimento corporal;
• Estímulo para a relação do indivíduo com o meio em que vive;
• Estudos e pesquisas de interesses físico-esportivos, como elementos de cultura geral;
• Estímulo à participação informal e criativa, a partir da formação de grupos de interesse, sem distinção de idade, sexo ou nível técnico / habilidade, ressaltando a importância da inclusão;
• Diversidade nas formas de desenvolvimento das atividades, valorizando a prática, o espetáculo e o conhecimento;
• Transferência do aprendizado para o cotidiano, favorecendo a autonomia;
• Capacitação permanente dos profissionais envolvidos, valorizando-os como base fundamental da manutenção da qualidade dos serviços.
A ampliação e o desenvolvimento do repertório motor, bem como a inclusão da atividade física na agenda diária dos participantes, são metas constantes. Afinal, além da saúde corporal e da redução do estresse, a atividade física é importante também para favorecer a sociabilidade, ensinar o trabalho em equipe e facilitar o relacionamento das pessoas na busca de objetivos comuns.
Há um prazer em interagir com o outro, e as formas culturais do corpo em movimento podem agir como facilitadoras desta interação. Através do movimento e da presença do outro se refina o autoconhecimento, enquanto aprendem-se habilidades sociais complexas, típicas do ser humano.(Lee-Manoel, 2002)

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